sábado, 11 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
# Frase do Dia ( :
A Matemática é a mais simples, a mais perfeita e a mais antiga de todas as ciências.
(Jacques Hadarmard)
Números Complexos na Eletricidade
Acima apresentamos os quatro quadrantes trigonométricos. Veja a posição do ângulo do vetor
1° Quadrante: 0° < 90°
2° Quadrante: 90° < 180°
3° Quadrante: 180° < 270°
4° Quadrante: 270° < 360° = 0°
Devemos que o eixo x ou R deverá ser representado como o Eixo dos n°s reais. Já o eixo y ou J, representaremos o eixo dos n°s imaginários. Observe que - 45° = 315°. Um ângulo negativo na verdade, corresponde a 360°, uma volta completa, no sentido anti-horário, menos o dito ângulo. No ângulo negativo, você parte do 0°, girando no sentido horário, e no ângulo positivo, você parte do 0°, no sentido anti-horário. Assim, o ângulo de 315°, no sentido anti-horário, é a mesma posição de -45°, no sentido horário.
Simbolizamos um Vetor utilizando uma letra maiúscula acompanhado de um acento circunflexo, seta ou ponto, sobre a letra. Veja um exemplo:
Representações de um Vetor.
> Forma Polar: |E| |_Ø__
> Forma trigonométrica: |E| x cos Ø + J |E| x sin Ø
> Forma cartesiana: Ex + J Ey
É importante ressaltar que estas formas representam um mesmo vetor. Com qualquer uma chegamos às outras.
|E| ---> módulo
Ø ---> ângulo
Ex ---> Parte Real (coordenada no eixo x)
Ey ---> Parte imaginária (coordenada no eixo y)
Agora vamos realizar a transformação Polar para Cartesiana e vice - versa.
Polar para Cartesiana:
|E| |_Ø__ ---> |E| x cos Ø + J |E| x sin Ø ---> Ex + J EyEx 1: Vetor: 5 |36,87° ---> 5 x cos 36,87° + J 5 x sin 36,87° = 4 + J3
Desta forma: 5 | 36,87° = 4 + J3
Desta forma, observamos que se passa pela forma trigonométrica para chegar a forma cartesiana.
Cartesiana para Polar :
Ex + J Ey ---> |E| = raí quadrada de ( Ex2 + Ey2 ) e Ø = arc tg Imaginário(Ey) / Real ( EX)Agora já podemos pensar em praticar algumas operações como adição, subtração, multiplicação e divisão.
Soma
Os vetores têm que estar na forma cartesiana. Soma-se as partes reais e as partes imaginárias separadamente.Parte Real | Parte Imaginária | |
Vetor 1 | 5 | + J7 |
+ Vetor 2 | 6 | + J4 |
+ Vetor 3 | 1 | + J2 |
Soma | 12 | + J13 |
O resultado é 12 + J13 (é um vetor que está no 1° quadrante, porque tanto a parte real, como a imaginária é positiva). 0° < Ø <90°.
Parte Real | Parte Imaginária | |
Vetor 1 | - 2 | + J 4 |
+ Vetor 2 | 3 | + J – 2 |
+ Vetor 3 | - 5 | + J -8 |
Soma | - 4 | +J -6 |
O resultado é - 4 - J6 (é um vetor que está no 3° quadrante, porque tanto a parte real, como a imaginária são negativas. 180° < Ø <270° .
Subtração
Parte Real | Parte Imaginária | |
Vetor 1 | - 5 | + J 6 |
- Vetor 2 | 2 | + J 3 |
Soma | - 7 | + J 3 |
O resultado é - 7+ J3 (é um vetor que está no 2° quadrante, porque a parte real, é negativa, e a imaginária positivas. 90° < Ø <180°
Parte Real | Parte Imaginária | |
Vetor 1 | 6 | + J -7 |
- Vetor 2 | 1 | + J - 2 |
- Vetor 3 | 3 | + J - 1 |
Soma | 2 | + J - 4 |
O resultado é 2 - J4 ( é um vetor que está no 4° quadrante, porque a parte real, é positiva, e a imaginária negativa. 270° < Ø <360° ou 0°
Divisão e Multiplicação:
Os vetores têm que estar na forma polar. Multiplica-se os módulos e soma-se os ângulos no caso da multiplicação e divide-se os módulos e subtrai-se os ângulos, no caso da divisão.Ex.1:
3|_45°__ X 5 |_120°__ = 3 X 5 |_45°__+__120°__ = 15 |_165°__
Ex. 2 :
4 !_340°__ / 2 |_60°__ = 4 /2 |_340°__-__60°__ = 2 |_280°__
Alguns exemplos práticos em corrente alternada
Impedância:Normalmente é dada na forma cartesiana, onde a parte real corresponde a resistência do fio ( R) e a parte imaginária é a reatância ( capacitiva - Xc ou indutiva - XL). Para multiplicar a impedância por uma corrente, p.ex., é necessário primeiro transformar a indutância na forma polar, o que permite sua multiplicação e divisão. Para dividir uma tensão por uma impedância também temos que por a impedância na forma polar.
R = 5 Ohms, XL = 10 Ohms
Z = Raíz quadrada de ( 25 + 100 )
Ø = arc tg 10/5 = arc tg 2 = 63,4°
Z = 11,18 |_ 63,4°__ .Nesta forma, posso multiplicar esta impedância por uma corrente ou dividir uma tensão por ela.
Lembre-se: V = Z x I e I = V / Z
Tensão e corrente:
É mais comum vermos estas grandezas elétricas na forma polar. Para somarmos ou subtrairmos duas, ou mais, correntes ou tensões, primeiro temos que transformá-las na forma cartesiana.Ex. I = 30 |_ 45°__ Amperes
Ix = 30 x cos 45 = 30 x 0,787 = 23,61 amperes (eixo x)
Iy = 30 x sin 45 = 30 x 0,787 = 23,61 amperes ( eixo y)
I = 30 |_ 45°__ Amperes = 23,61 + J 23,61 amperes. Agora posso somar esta corrente a outra corrente, que também esteja na forma cartesiana.
Potência:
Em corrente alternada existem três potências. Potência aparente(S), Potência ativa(P) e Potência reativa(Q). A potência aparente ( VA) é o módulo e ângulo do vetor potência. A potência ativa (WATTS) é a componente real do vetor potência. A potência reativa é a componente imaginária do vetor potência. Na literatura elétrica ou em manuais de fabricantes é comum vermos dado somente a potência ativa (Watts), mais o cos Ø. Note que neste caso, não nos foi fornecido nem a forma polar nem a cartesiana, mas sim um híbrido das duas formas. Foi dado a parte real da forma cartesiana mais o cos do ângulo da forma polar. Neste caso o primeiro passo é encontrar a forma polar por inteiro S = |S| |_Ø__ . Sabemos, na conversão de polar para cartesiana que P = |S| x cos Ø, então |S| = P / cos Ø e Ø = arc cos ( cos Ø dado ). Para achar Q , fazemos Q = |S| x sin Ø . Agora, temos a forma polar e a cartesiana da potência. Podemos somá-la com outra potência, dividi-la pela corrente para encontrar a tensão, etc. Lembre-se que S (Potência CA) = VIEx. Motor: P = 10000 Watts e cos Ø.
Encontrar a potência aparente e a reativa do motor. |S| = P / cos Ø ---> |S| = 10000 / 0,6 = 16666 VA ( Volt x Ampere)
Ø = arc cos (cosØ dado) ---> arc cos 0,6 = 53,13°
Q = |S| x sin Ø ---> 16666 x 0,7999 = 13 333 VAr ( Volts x Amperes reativo )
forma polar ---> S = 16666 |_ 53,13°__
forma cartesiana ---> S = 10000 + J 13333
Agora, na forma cartesiana podemos somar as duas potências, p. ex. e na forma polar, dividir a potência encontrada pela tensão da rede, para achar a corrente, p.ex. Veja que, que em CA, todas as grandezas são vetoriais ( Z-impedância , Resistência, X-reatância, V-tensão, I-corrente, S-potência aparente, P-potência ativa, Q-potência reativa ,etc). Não se esqueça que R(Ohms) e P(Watts) são vetores com ângulo zero e X(Ohms) e Q(VAr) com ângulo + 90°.
# Frase do Dia ( :
A História mostra que os chefes de império que encorajaram o culto das Matemáticas, fonte comum de todas as ciências exatas, são também aqueles cujo reinado foi mais brilhante e cuja glória é mais duradoura.
(Miches Charles)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Agora que estudamos a teoria, vamos tentar resolver os seguintes exercicios:
01 - UEFS-92.1 - O valor da expressão E = x-1 + x2, para x = 1 - i , é:
a)-3i
b)1-i
c) 5/2 + (5/2)i
d) 5/2 - (3/2)i
e) ½ - (3/2)i
05 - FESP/UPE - Seja z = 1+i , onde i é a unidade imaginária. Podemos afirmar que z8 é igual a:
a) 16
b) 161
c) 32
d) 32i
e) 32+16i
a)-3i
b)1-i
c) 5/2 + (5/2)i
d) 5/2 - (3/2)i
e) ½ - (3/2)i
02 -UEFS-93.2 - Simplificando-se a expressão E = i7 + i5 + ( i3 + 2i4 )2 , obtêm-se:
a) -1+2i
b) 1+2i
c) 1 - 2i
d) 3 - 4i
e) 3 + 4i
a) -1+2i
b) 1+2i
c) 1 - 2i
d) 3 - 4i
e) 3 + 4i
03 - UEFS-93.2 - Se m - 1 + ni = (3+i).(1 + 3i), então m e n são respectivamente:
a) 1 e 10
b) 5 e 10
c) 7 e 9
d) 5 e 9
e) 0 e -9
a) 1 e 10
b) 5 e 10
c) 7 e 9
d) 5 e 9
e) 0 e -9
04 - UEFS-94.1 - A soma de um numero complexo z com o triplo do seu conjugado é igual a -8 - 6i. O módulo de z é:
a) Ö 13
b) Ö 7
c) 13
d) 7
e) 5
a) Ö 13
b) Ö 7
c) 13
d) 7
e) 5
05 - FESP/UPE - Seja z = 1+i , onde i é a unidade imaginária. Podemos afirmar que z8 é igual a:
a) 16
b) 161
c) 32
d) 32i
e) 32+16i
06 - UCSal - Sabendo que (1+i)22 = 2i, então o valor da expressão
y = (1+i)48 - (1+i)49 é:
a) 1 + i
b) -1 + i
c) 224 . i
d) 248 . i
e) -224 . i
y = (1+i)48 - (1+i)49 é:
a) 1 + i
b) -1 + i
c) 224 . i
d) 248 . i
e) -224 . i
Divisão de Números Complexos na Forma Binômia:
Conjugado de um Número Complexo
Dado um número complexo z = a + bi , chama-se conjugado de z e representa-se por
, a um outro número complexo que possui a mesma parte real de z e a parte imaginária o simétrico aditivo da parte imaginária de z .z = a + bi ®
= a - bi
Ex: z = 3 + 5i ;
= 3 - 5i
Obs : Sabemos que os números complexos podem também ser representados na forma de pares ordenados . Assim é que z = a + bi = (a,b).
Portanto , por analogia com o sistema de coordenadas cartesianas , pode-se representar graficamente qualquer número complexo z num sistema de coordenadas cartesianas , bastando marcar a parte real a no eixo horizontal e a parte imaginária b no eixo vertical . Neste caso , o eixo horizontal é chamado eixo real e o eixo vertical é chamado eixo imaginário. O plano cartesiano, neste caso , denomina-se plano de Argand-Gauss.
O ponto que representa o número complexo z , denomina-se afixo de z.


Ex: z = 3 + 5i ;

Obs : Sabemos que os números complexos podem também ser representados na forma de pares ordenados . Assim é que z = a + bi = (a,b).
Portanto , por analogia com o sistema de coordenadas cartesianas , pode-se representar graficamente qualquer número complexo z num sistema de coordenadas cartesianas , bastando marcar a parte real a no eixo horizontal e a parte imaginária b no eixo vertical . Neste caso , o eixo horizontal é chamado eixo real e o eixo vertical é chamado eixo imaginário. O plano cartesiano, neste caso , denomina-se plano de Argand-Gauss.
O ponto que representa o número complexo z , denomina-se afixo de z.
Exercícios resolvidos
1) Sendo z = (m2 - 5m + 6) + (m2 - 1) i , determine m de modo que z seja um imaginário puro.
Solução: Para que o complexo z seja um imaginário puro, sua parte real deve ser nula ou seja, devemos ter
m2 - 5m + 6 = 0, que resolvida encontramos m=2 ou m=3.
m2 - 5m + 6 = 0, que resolvida encontramos m=2 ou m=3.
2) Determine a parte real do número complexo z = (1 + i)12 .
Solução: Observe que (1 + i)12 = [(1 + i)2]6 . Nestas condições, vamos desenvolver o produto notável
(1 + i)2 = 12 + 2.i + i2 = 1 + 2i -1 = 2i \ (1 + i)2 = 2i (isto é uma propriedade importante, que vale a pena ser memorizada).
Substituindo na expressão dada, vem:
(1 + i)12 = [(1 + i)2]6 = (2i)6 = 26.i6 = 64.(i2)3 = 64.(-1)3 = - 64.
Portanto, o número complexo dado fica z = - 64 = - 64 + 0i e portanto sua parte real é igual a -64.
(1 + i)2 = 12 + 2.i + i2 = 1 + 2i -1 = 2i \ (1 + i)2 = 2i (isto é uma propriedade importante, que vale a pena ser memorizada).
Substituindo na expressão dada, vem:
(1 + i)12 = [(1 + i)2]6 = (2i)6 = 26.i6 = 64.(i2)3 = 64.(-1)3 = - 64.
Portanto, o número complexo dado fica z = - 64 = - 64 + 0i e portanto sua parte real é igual a -64.
3) Determine a parte imaginária do número complexo z = (1 - i)200 .
Solução: Podemos escrever o complexo z como: z = [(1 - i)2]100 . Desenvolvendo o produto notável
(1 - i)2 = 12 - 2.i + i2 = 1 - 2i -1 = - 2i \ (1 - i)2 = - 2i (isto é uma propriedade importante, que merece ser memorizada).
Substituindo na expressão dada, vem:
z = (- 2i)100 = (- 2)100. i100 = 2100 . i100 = 2100 . ( i2 )50 = 2100. (- 1)50 = 2100 . 1 = 2100.
Logo, o número complexo z é igual a 2100 e portanto um número real. Daí concluímos que a sua parte imaginária é zero.
(1 - i)2 = 12 - 2.i + i2 = 1 - 2i -1 = - 2i \ (1 - i)2 = - 2i (isto é uma propriedade importante, que merece ser memorizada).
Substituindo na expressão dada, vem:
z = (- 2i)100 = (- 2)100. i100 = 2100 . i100 = 2100 . ( i2 )50 = 2100. (- 1)50 = 2100 . 1 = 2100.
Logo, o número complexo z é igual a 2100 e portanto um número real. Daí concluímos que a sua parte imaginária é zero.
Número Complexo
Definição: Dados dois números reais a e b, define-se o número complexo z como sendo:
z = a + bi, onde i = Ö-1 é a unidade imaginária.
Exs: z = 2 + 3i (a = 2 e b = 3)
w = -3 -5i (a = -3 e b = -5)
u = 100i ( a = 0 e b = 100)
z = a + bi, onde i = Ö-1 é a unidade imaginária.
Exs: z = 2 + 3i (a = 2 e b = 3)
w = -3 -5i (a = -3 e b = -5)
u = 100i ( a = 0 e b = 100)
NOTAS:
a) diz-se que z = a + bi é a forma binômia ou algébrica do complexo z .
b) dado o número complexo z = a + bi , a é denominada parte real e b parte imaginária.
Escreve-se: a = Re(z); b = Im(z).
c) se em z = a + bi tivermos a = 0 e b diferente de zero, dizemos que z é um imaginário puro. Ex: z = 3i.
d)se em z = a + bi tivermos b = 0 , dizemos que z é um número real .
Ex: z = 5 = 5 + 0i.
e)do item (c) acima concluímos que todo número real é complexo, ou seja,
o conjunto dos números reais é um subconjunto do conjunto dos números complexos.
f) um número complexo z = a + bi pode também ser representado como um par ordenado z = (a,b).
a) diz-se que z = a + bi é a forma binômia ou algébrica do complexo z .
b) dado o número complexo z = a + bi , a é denominada parte real e b parte imaginária.
Escreve-se: a = Re(z); b = Im(z).
c) se em z = a + bi tivermos a = 0 e b diferente de zero, dizemos que z é um imaginário puro. Ex: z = 3i.
d)se em z = a + bi tivermos b = 0 , dizemos que z é um número real .
Ex: z = 5 = 5 + 0i.
e)do item (c) acima concluímos que todo número real é complexo, ou seja,
o conjunto dos números reais é um subconjunto do conjunto dos números complexos.
f) um número complexo z = a + bi pode também ser representado como um par ordenado z = (a,b).
# Frase do Dia ( :
Na Matemática, se a experiência não intervém depois que se deu o primeiro passo, é porque não é mais preciso.
(Pontes de Miranda)
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Potências de i :
i0 = 1
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2 . i = -i
i4 = (i2)2 = (-1)2 = 1
i5 = i4 . i = 1.i = i
i6 = i5 . i = i . i = i2 = -1
i7 = i6 . i = -i , etc.
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2 . i = -i
i4 = (i2)2 = (-1)2 = 1
i5 = i4 . i = 1.i = i
i6 = i5 . i = i . i = i2 = -1
i7 = i6 . i = -i , etc.
Percebe-se que os valores das potências de i se repetem no ciclo
1, i, -1, -i, de quatro em quatro a partir do expoente zero.
Portanto, para se calcular qualquer potência inteira de i, basta eleva-lo ao resto da divisão do expoente por 4. Assim, podemos resumir:
1, i, -1, -i, de quatro em quatro a partir do expoente zero.
Portanto, para se calcular qualquer potência inteira de i, basta eleva-lo ao resto da divisão do expoente por 4. Assim, podemos resumir:
i4n = ir onde r = 0 , 1 , 2 ou 3. (r é o resto da divisão de n por 4).
Exemplo: Calcule i2001
Ora, dividindo 2001 por 4, obtemos resto igual a 1. Logo i2001 = i1 = i.
Ora, dividindo 2001 por 4, obtemos resto igual a 1. Logo i2001 = i1 = i.
Unidade imaginária
Unidade imaginária: define-se a unidade imaginária , representada pela letra i , como sendo a raiz quadrada de -1.
Pode-se escrever então:
Observe que a partir dessa definição, passam a ter sentido certas operações com números reais, a exemplo das raízes quadradas de números negativos.Pode-se escrever então:

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
#Frase do Dia ( :
Quem não conhece a matemática morre sem conhecer a verdade científica.
(Schelbach)
sábado, 28 de janeiro de 2012
Os Números Complexos foram inventados para resolvermos as equações do segundo grau ?
Não ! Isso é uma falácia clássica
Além de historicamente errada, essa extremamente comum "explicação" para o surgimento dos números complexos é um absurdo. Com efeito, por que alguém iria buscar raízes num campo numérico desconhecido?
Até cerca de 1 650 dC, em respeito à orientação geométrica da matemática grega, as únicas raízes consideradas como legítimas ou verdadeiras eram as que correspondiam à grandezas geométricas ou físicas : podiam ser interpretadas como comprimentos, áreas, volumes, massas, etc. Diríamos hoje: correspondiam a números reais POSITIVOS .
Por exemplo, Bhaskara, que foi um dos indianos que mais perto chegou da idéia da moderna álgebra ( conhecia a regra menos vezes menos dá mais, trabalhava com equações de coeficientes negativos, etc ), reconhecia que a equação.
x2 - 45 x = 250
era satisfeita por dois valores, x = 5 e x = - 5, mas dizia que não considera-se a segunda pois as pessoas não apreciam raízes negativas .
Resumindo, até o surgimento dos cartesianos, c. 1650, as raízes eram divididas em verdadeiras ( correspondiam aos reais positivos) e falsas ( que correspondiam aos reais negativos e não eram consideradas como legítimas ). As únicas e raras ocorrências de raízes negativas nesse período surgiam em problemas de contabilidade, onde eram interpretadas como dívidas.
Como surgiram os números complexos ?
Cardano 1545 ao tentar resolver a cúbica x 3 = 4 + 15x , a qual ele sabia ter raiz verdadeira x = 4, constatou que a regra de dal Ferro-Tartaglia produzia a seguinte expressão ( em notação moderna ) :
Deparando-se com o termo - 121 , ele não conseguiu ver como "destravar" o calculo, de modo a fazer a regra chegar ao esperado x = 4.
Foram precisos mais de 25 anos para Bombelli, em 1572, atinar como resolver o impasse . Esse disse ter tido a "idéia louca" de operar com as quantidades da forma a + b -1 sob as mesmas regras que se usa com os números reais, mais a propriedade
( -1 )2 = -1
Para assim conseguir "destravar" a regra, fazendo-a produzir o desejado x = 4.
O próprio Bombelli não estava bem seguro do que havia criado, chegando mesmo a dizer que eram uma nova espécie de raízes quadradas ... que tem regras diversas das outras. Para os demais matemáticos da época, os números complexos eram vistos com suspeita e quanto muito tolerados, na falta de melhor coisa. Até o nome que receberam, números SOFÍSTICOS, espelhava bem a situação.
É de se acrescentar que alguns matemáticos da época procuraram descobrir maneiras de se evitar o uso dos complexos. Entre eles, o que mais procurou evitar as torturas mentais envolvidas com o uso de raízes quadradas de negativos foi Cardano. Em seu difícil livro De Regula Aliza, de 1 570, Cardano procurou inventar artifícios de cálculo que evitassem o uso de raízes quadradas de negativos quando da aplicação das regras de resolução de cúbicas. Conseguiu apenas magros resultados. Foram necessários trezentos anos para que, em 1 890, Capelli conseguisse provar que isso é em geral impossível de conseguir.
O primeiro estudo dos complexos: Bombelli 1 572
Rafael Bombelli gastou 74 páginas de sua L'Algebra para estudar as leis algébricas que regiam o cálculo com as quantidades a + b -1 . Em particular, mostrou que as 4 operações aritméticas sobre números complexos produzem numeros desse tipo a soma de um real e um imaginário puro não pode se reduzir a um só nome.
Investigação do fechamento dos complexos
Embora Bombelli já tivesse se preocupado em provar o fechamento das operações aritméticas com números complexos, em 1 680, encontramos ninguêm menos do que Leibniz questionando-se se seria real ou não o resultado de
( a + ib ) + ( a - ib )
Lambert, em 1 750, mostrou que i , i i ,etc todos tem a forma a + ib.
Extensão das operações transcendentes aos complexos:
A principal dificuldade foi entender o logaritmo de números complexos. E se vamos falar do ln z, por que não falar no log de reais negativos ? Com efeito, estendeu-se por muitos anos a polêmica do significado e valor do ln (-1). Nada menos do que Leibniz, Euler e J. Bernoulli entraram na briga.
Bernoulli alegava que, como 1 2 = (-1) 2, tomando o log, obtemos 0 = ln(-1). Leibniz dizia que isso não pode ser correto, uma vez que teríamos, de ln(-1) = 0, que -1 = e 0 = 1.
O passo decisivo foi dado por Euler que mostrou que o log de um número não nulo tem infinitos valores, os quais são todos imaginários no caso do número ser negativo.
Boa parte dessas discussões envolviam argumentos metafísicos e não podemos dizer que Euler tenha esclarecido definitivamente a questão. Isso só ocorreu em 1 830 com Martin Ohm, o qual deu uma teoria completa para o calculo de a b e de ln a ( com a,b complexos ). Suas idéias foram divulgadas e estendidas por Cauchy , o qual elucidou a questão da multivocidade através das noções de ramo principal e ramos secundários de uma função.
Exemplo:
como e2 i = 1 , então ln ( e2 i ) = ln ( 1 ) mas é errado disso concluir que 2 i = 0.
Foi só com as idéias de Ohm e Cauchy que aprendemos a fazer o cálculo corretamente.
A aceitação dos números complexos:
Talvez possamos dizer que os principais matemáticos responsáveis por essa aceitação foram:
Lambert e Euler que estudaram o fechamento dos números complexos sob operações algébricas e transcendentes
Wessel que introduziu ( 1 797 ) a moderna representação geométrica, que foi depois popularizada por Mourey e Gauss c. 1 830.
Gauss que divulgou e muito usou essa representação e provou que os nmeros complexos sao necessários e suficientes para a Algebra ( Teorema Fundamental da Algebra: todo polinômio de coeficientes reais ou complexos pode ser fatorado em termos lineares, possivelmente complexos ).
Ohm e Cauchy que esclareceram a multivocidade das operações algébricas e transcendentes sobre os complexos.
Com isso, a terminologia desconfiada inicial ( n. sofísticos c. 1570, n. imaginários c. 1650 ) acabou cedendo lugar à mais natural denominação atual: números complexos, em c. 1830.
Já no séc. dos 1800's os n. complexos encontraram grande uso no estudo da Mecânica de Fluídos, da Eletricidade e outros fenômenos em meios contínuos. Hoje, são instrumental absolutamente necessário em inúmeros campos da Ciência e Tecnologia.
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